sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Neves e Neves, Laterais, LDA.
















João Pinto
, o mítico "Broas", é o mais emblemático senhor das laterais lusas.O seu irascível e temperamental imperador durante década e meia cruzava com conta, peso e medida para a cabeça dos gravadores,que ansiosos recolhiam todas as suas declarações.

Imperial no jogo jogado e senhorial no jogo falado, a única coisa que separava Broas da absoluta imortalidade seria um bigode, vociferavam alguns malcontentes.
Balelas, digo eu. Broas é, e sempre será um mito da bola. Nem sempre o bigode faz o hóme.

Pois bem, Jorge Nuno não dormia em forma, e como tal,já tinha um sucessor do futuro gasolineiro de Oliveira do Douro na prateleira, não fosse este pendurar as suas chuteiras Lacatoni ou embarcar numa aventura além-fronteiras(que bom teria sido ouvir Broas falar inglês ou francês).

Durante anos, Joaquim Neves foi criado em laboratório, tal qual o monstro de Dr.Frankenstein. Quim (como o trataremos amiúde daqui em diante, de forma meramente informal) aquecia o banco minutos, horas, dias, meses, anos a fio enquanto observava o imortal lugar-tenente da lateral direita em acção. Bloco de notas em punho, mente esponjosa e absorvente, qual tampão da O.B.

Finalizada a aprendizagem, esperava-se um ingresso em grande de Neves, o Quim. Quim, o homem, o senhor que iria dar continuidade ao flanco direito do FCP e da selecção Nacional. Hossana na lateral! Porém, Quim falhou. Neves derreteu perante a pressão, como um floco de Neves. Perdão, neve. Neves, o projectado fustigador, passou a Neves, o fustigado.

Porém, enquanto Quim batia o record de empréstimos consecutivos em equipas diferentes durante o seu tirocínio fora das Antas, outro Neves brilhava mais a sul, mais propriamente no estádio da Liga mais próximo da Cova da Moura.

O bom do Rui Neves começou a sua carreira em 1983 no reputadíssimo e multi-titulado Monte Abraão, que estranhamente utilizou apenas como trampolim para o inferior Estrela da Amadora, ainda como imberbe petiz dos juvenis.

No total, Rui, o Neves, esteve 18 anos ao serviço da agremiação da terra mais feia de Portugal (pedimos desculpa à Covilhã, mas contra factos não há argumentos. Porém, o 2º lugar assenta-vos bem). Rui, o Neves, foi uma espécie de Hélio da Reboleira, assantando arreais na lateral esquerda durante tempos a fio. Tempos, tempos, tempos e tempos. Até que já não aguentaram ver a sua fronha em campo e o recambiaram para o Monte Abraão, onde actualmente é responsável pela remoção de musgo da bancada 5 do Sector 10 B.

Neves e Neves, Laterais, LDA.

4 comentários:

Anónimo disse...

Remoção de musgo???Estão mal-informados!Pode não ser prestigiante como escrever na net,mas é o treinador das camadas jovens do Estrela...

Anónimo disse...

Os gajos que escrevem neste blogue jogaram onde?

Anónimo disse...

no Futebol Clube Eu Tenho Algum Sentido de Humor, do qual nem toda a gente é sócia.

Anónimo disse...

Epah, eu não sei de onde é que tu és, óh Fitzx, mas acho que ás enganado...

A Covilhã?? Epah, acho que não...

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